Leia essa matéria se tiver filho com asma, alergias . Depois que parei de dar leite de vaca todo dia, minha filha melhorou demais .
Cada vez mais a população se
consciencializa de que uma alimentação correta é essencial para a
obtenção de uma melhor saúde física e mental. Surgem por todo o lado
lojas de produtos naturais e muitos supermercados têm uma seção
denominada de produtos naturais e mais recentemente produtos biológicos.
Somos alertados pelos órgãos de
comunicação social para os perigos em que incorremos quando ingerimos
gorduras saturadas sob a forma de carne vermelha e ovos, açúcar refinado
ou álcool. No entanto, é interessante verificar que os laticínios, em
especial o leite, são sempre considerados alimento “perfeitos” e
completos. Fornece-se gratuitamente leite às crianças em idade escolar,
existindo mesmo um subsídio estatal para o efeito. Desde muito pequenos
nos ensinam que o leite é o rei dos alimentos e nos dá a proteína e o
cálcio necessários para nos fazer crescer. Todos os dias nos são
expostos estudos científicos sobre as vantagens dos laticínios, estudos
esses que não ousamos pôr em causa.
Mas será que o leite e os seus derivados são alimentos tão benéficos quanto aparentam ser?
Estudos recentes demonstram que o leite
além de não ser assim tão benéfico para a nossa saúde pode ser até
extremamente prejudicial. A ingestão regular de leite de vaca tem sido
associada a uma multiplicidade de desordens, que incluem alergias, asma,
otites, problemas do sistema reprodutor tais como infertilidade e
impotência, problemas gastrointestinais, agressividade, etc.
Pesquisas
realizadas nos Estados Unidos, realçaram também o fato de que as
crianças amamentadas com leite materno apresentam coeficientes de
inteligência bastante mais elevados do que aquelas que são alimentadas
com leite de vaca e derivados. Não podemos menosprezar tais estudos,
realizados por eminentes cientistas em todo o mundo. E nem sequer
necessitaríamos da colaboração da ciência, se utilizássemos o nosso bom
senso: qual o animal, excetuando o homem, que continua a beber leite
depois de desmamado?
Porque razão nos devemos alimentar de um
produto que foi concebido pela Natureza para nutrir os bezerros? Será
que as características fisiológicas de um ser humano são as mesmas de um
bezerro?
Ao analisarmos as diferenças entre o leite materno e o leite
de vaca verificamos que, apesar de ambos parecerem semelhantes em
composição, existem entre eles diferenças significativas: O leite de
vaca contém três vezes mais cálcio , três vezes mais proteína e dois
terços mais hidratos de carbono do que o leite humano.
Estas diferenças são devidas aos
diferentes padrões de crescimento a que obedece o crescimento de um
bezerro e o de um bebê. À nascença, o cérebro e o sistema nervoso do
bezerro estão completamente desenvolvidos, pelo que este necessita de
muito mais cálcio e proteína para aumentar a sua estrutura óssea e
desenvolvimento muscular. O cérebro do ser humano, contudo, quando do
nascimento, só está 23% desenvolvido, sendo os nutrientes contidos no
leite materno necessários para completar o desenvolvimento do sistema
nervoso central. Enquanto que um bezerro aumenta nas primeiras semanas
cerca de 37 quilos, um bebê, no mesmo espaço de tempo, aumenta apenas 1 a
2 quilos. O corpo do ser humano foi concebido para crescer mais
lentamente e o leite humano contribui para este processo.
Outra diferença, fundamental mas
geralmente desdenhada, entre os leites humano e de vaca, é o tamanho ou
qualidade das suas moléculas. O leite de vaca contém proteína e outros
fatores nutricionais que se podem assemelhar ao leite humano. Contudo,
as moléculas do leite de vaca são maiores do que as do leite humano. Uma
das possíveis conseqüências de tais diferenças é as crianças
alimentadas com leite de vaca se tornarem física e emocionalmente mais
passivas e dependentes. O leite humano também fornece anticorpos que
evitam a proliferação de bactérias e vírus indesejáveis, imuniza o corpo
contra doenças e infecções, promove glóbulos brancos fortes (células T
que destroem bactérias prejudiciais) e produz B. bifidum, um tipo único
de bactéria, que se encontra nos intestinos dos bebês, criando
resistência a uma variedade de microrganismos. Já nos anos trinta,
estudos governamentais indicaram que as crianças amamentadas com leite
materno tinham um índice de mortalidade infantil significativamente
inferior ao das crianças amamentadas com leite de vaca.
Existem também certos fatores
nutricionais que não devemos menosprezar ao considerarmos os laticínios
como alimento apropriado para seres humanos. A proteína do leite de
vaca e a do leite humano são diferentes: a primeira é denominada
caseína, e a segunda lactalbumina.
Apesar de o leite de vaca conter uma
quantidade de proteína superior à contida no leite humano, esta é de
difícil assimilação pelo nosso sistema digestivo, coagulando com frequência e provocando problemas digestivos, dos quais o mais comum é a diarreia. A proteína do leite humano é de muito mais fácil digestão e
assimilação. No que respeita a gorduras, as contidas no leite de vaca e
em produtos como o queijo ou o iogurte são saturadas e de difícil
digestão, contribuindo para um aumento de colesterol e ácidos gordos,
substâncias que estão diretamente relacionadas com a elevada incidência
de doenças cardiovasculares e cancro.
Interessante também acerca dos
lacticínios é o fato de a lactose, um açúcar simples contido no leite,
necessitar para ser digerida de uma enzima produzida nos intestinos,
denominada lactase. A lactase, geralmente, só é produzida até aos dois,
quatro anos de idade, ou seja, durante a idade da amamentação. Apesar de
em algumas raças a lactase ser produzida mesmo após os quatro anos de
idade, isto acontece numa percentagem muito pequena da população,
nomeadamente em povos que ingerem grande quantidade de laticínios há
muitos anos, e cujos sistemas digestivos estão completamente
transformados, assemelhando-se aos sistemas digestivos dos ruminantes,
criando mesmo uma espécie de rúmen característico destes animais.
Todos os pontos até aqui apresentados
deveriam ser suficientes par a nos fazer refletir se o consumo de
produtos lácteos nos traz na realidade benefícios ou não. Mas
consideremos também o modo como o leite moderno é tratado, e a forma
como os animais são alimentados e medicados (alimentação altamente
artificial destinada a fazê-los produzir a maior quantidade de leite
possível e medicação com antibióticos para os tratar das infecções que
esta alimentação lhes provoca.).
Frequentemente ouvimos dizer que os
lacticínios são o principal detentor de cálcio, quando há muitos outros
alimentos com quantidades de cálcio superiores, raramente mencionados,
talvez por não estarem associados com este moderno mito e não darem tão
grandes lucros aos seus produtores.
Alimentos como os vegetais verdes de
rama ou as algas marinhas, utilizados na alimentação tradicional de
muitos povos e que possuem propriedades nutritivas assaz grandes, têm
quantidades de cálcio mais que suficientes para satisfazerem as nossas
necessidades diárias.
Além disso, é mais importante a forma
como assimilamos o cálcio do que propriamente a quantidade ingerida.
.
Assim, uma alimentação com um elevado
teor de proteína animal, como é a alimentação moderna, afeta o
metabolismo do cálcio, fazendo com que este mineral seja eliminado
através da urina ou utilizado para neutralizar uma condição sanguínea
mais ácida provocada pelo excesso de proteína.
A resposta para a osteoporose seria
então uma alimentação com muito menos proteína e não necessariamente uma
ingestão maciça de cálcio.
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